Savages no Hard Club: o quarteto fantástico


Savages no Hard Club: o quarteto fantástico

Depois dos festivais lusos, as Savages atuaram em nome próprio no Hard Club, na cidade invicta.

O palco vazio, mas já com ares de que em breve estaria selvagem com a performance da banda londrina, levou a que o Hard Club fosse abalado pelos gritos dos fãs eufóricos, a partir do momento em que se iluminou e até entrada das Savages em cena.

O quarteto britânico abriu o concerto com "I am Here", acompanhada pelas dezenas de vozes dos presentes. Gemma Thompson na guitarra, Fay Milton na bateria e Ayse Hassan no baixo deixaram o público em delírio com um jogo instrumental perfeito, sem voz à mistura.

Mesmo antes de 'mandar calar' a multidão com "Shut Up", Jehnny Beth, a vocalista francesa, pediu gritos e muito barulho aos presentes. Especialmente dedicada às ladies, mas alargada a todos os outros, seguiu-se "She Will", que rendeu a multidão ao entusiasmo.

A banda de sonoridade pôs-punk, que define o seu som como loud, quite loud, tem estado a promover o seu primeiro álbum Silence Yourself por toda a Europa e brindou a cidade do Porto, neste mês de fevereiro, com uma atuação carismática e uma forte presença em palco, terminando o seu espetáculo com uma música menos conhecida do público – "Fuckers".

Acompanhado na bateria pelo seu irmão Sam, Adam Sherry foi o percursor das Savages, abrindo o concerto com a voz rouca e melodiosa que o caracteriza. A dupla A Dead Forest  Index arrancou do público muitos aplausos com os sons do álbum Antique, que misturam vocal, guitarra e percussão num espectro que vai desde a suavidade ao abrupto.

Fotos: Diogo Baptista
Texto: Magda Santos