Vodafone Paredes de Coura: dia 3 (19/08), com Cage The Elephant, The Vaccines e King Gizzard & The Lizard Wizard


Vodafone Paredes de Coura: dia 3 (19/08), com Cage The Elephant, The Vaccines e King Gizzard & The Lizard Wizard

Cage The Elephant e The Vaccines voltaram a pisar o palco do festival minhoto. Sabe tudo sobre o dia 3 do Vodafone Paredes de Coura.

Depois da chuva que caiu durante a manhã, o sol surgiu ao início da tarde para contemplar os festivaleiros e possibilitar que os portugueses First Breath After Coma tivessem já um bom número de público no arranque do terceiro dia do festival. Os portugueses, com disco novo para apresentar, contaram com a participação especial de David Santos (Noiserv, You Can't Win Charlie Brown).

Já o arranque do palco principal coube a Kevin Morby, baixista dos Woods, cara principal dos The Babies, que mereceria as supostas atenções do dia pela sua clara ascensão e trabalho reconhecido: em três anos, três discos, todos famigerados pela crítica. No entanto, isso não aconteceu, com o público muito desfasado do concerto, desgastado pela noite anterior, mesmo quando Morby, entre canções, dizia que Portugal era o seu país favorito de sempre.

De regresso ao palco secundário, mas continuando numa maratona folk, os portugueses Sean Riley & The Slowriders voltaram a Paredes de Coura alguns anos depois da sua estreia nas margens do Taboão, desta para apresentar o novo disco. Em palco, a banda de Afonso Rodrigues, que também podemos ver em Keep Razors Sharp, contou com a participação especial de Paulo Furtado (The Legendary Tiger Man, Wraygunn, Tédio Boys). Um concerto energético que demonstrou o carinho que o público têm pela banda folk-rock.

Sean Riley & The Slowriders

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157672613695726" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="22" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

Oriundos da Califórnia, o indie-pop dos Crocodiles começou a aquecer, no palco principal, a chegada da noite, embora insuficiente para o que se já se pretendia a esta hora e para o que estaria para chegar neste palco. Sem comprometer, desfilaram temas do último disco, Boys, datado do ano passado.

Crocodiles

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157672705624925" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="21" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

No outro palco, o palco menor mas que esta noite deu dos melhores concertos da noite, estavam os Psychic Ills, norte-americanos da folk e rock psicadélica, que levam o troféu de elegância e simplicidade do festival. Com Inner Journey Out, o novíssimo disco, novamente com selo da conceituada Sacred Bones Records, os Psychic Ills levaram por viagens de beleza incontornável o pouco público que não os trocou pelo mediatismo do momento dos King Gizzard & The Lizard Wizard. Talvez aqui tenha estado um dos concertos mais bonitos de um público que procura o imediato ao invés do eterno. Neste mesmo local, pouco depois dos King Gizzard, Jacco Gardner viria também a assinar um dos concertos mais sólidos deste festival.

Psychic Ills

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157672705703975" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="21" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

King Gizzard & The Lizard Wizard

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157669595204353" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="26" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

Jacco Gardner

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157669595262873" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="12" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

Os últimos e esperados concertos da noite estavam entregues aos The Vaccines e Cage The Elephant, dois nomes ultra adorados pelos público português e que levaram o anfiteatro natural de Coura ao rubro. Apesar da imensidão de público que os esperava, estamos perante dois nomes que não nos entregam as mais absolutas certezas que serão nomes memoráveis daqui por uma década. Canções que vivem do momento e que pouco se revelam à eternidade rock'n'roll, onde a primazia fugaz do estrelato indie-rock os toma de assalto a cada momento. Apesar de colocar o cerne do público aos saltos, grande parte com idades inferiores aos 20 anos, sabemos que muito pouco levamos destes dois concertos para a memória futura do festival ou da música contemporânea.

The Vaccines

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157669582947504" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="20" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

Cage The Elephant

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157671516125580" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="28" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

A noite fechou com o after-hours do português Moullinex e ainda um dj set dos The Vaccines.

Equipa Noite e Música Magazine no Vodafone Paredes de Coura
Fotos: Hugo Sousa
Textos: José Costa
Edição: Nelson Tiago