Damien Rice ao vivo na Casa da Música, no Porto [fotos + texto]


Damien Rice ao vivo na Casa da Música, no Porto [fotos + texto]

Depois de ter passado pelo Parque da Cidade do Porto em 2015, Damien Rice apresentou um concerto mais intimista e acolhedor na Sala Suggia da Casa da Música – Uma sala feita para se ouvir as suas baladas folk.

Às 22:00, hora marcada para Damien Rice subir ao palco da Sala Suggia da Casa da Música, todo os 1238 lugares já estavam ocupados pelo público portuense que, após um ano volta a receber o músico com um ainda maior entusiasmo e de forma mais intimista.

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157670917298956" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="15" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

Sozinho, cercado pelas suas guitarras e ainda outros instrumentos que mais tarde utilizaria, Damien dá início ao seu one man show com o tema "Colour Me In". A acústica da sala aliada à cenografia simples do palco fez com que a voz e a guitarra do artista tomassem a forma de um abraço ternurento que acolhia o e fazia com que o público se pusesse à vontade para aquele que ia ser um concerto longo, de quase 2h30.

Antes de continuar a sua apresentação, houve espaço para a interação com o público. Algo que aconteceu várias vezes durante o concerto. Damien, para além de músico, tem um à vontade em palco extraordinário que o faz com que consiga estabelecer uma ligação de proximidade com a sua plateia. Quando conversava com o público contava as histórias por detrás das músicas e refletia sobre o significado do amor. Fazia-o de forma natural e engraçada dando à sua performance uma pitada de stand up comedy.

As luzes que atrás de uma tela se acediam pontualmente e o fumo que inundava o palco e a sala, eram o único pano de fundo para este concerto que ajudava perfeitamente a criar o ambiente mágico e intimista que músicas como Delicate ou The Professor pediam.

O público reagia, cantava, aplaudia, ria e até chorava. Gritava também a pedir músicas… E Damien concedia. Contava a história que lhe deu origem e concedia o pedido para cantar Amie.

Já no encore, chama ao palco Gyda Valtysdottir (cantora e violoncelista que havia feito a primeira parte do concerto) para se juntar a ele perto da mesa onde copos e algumas garrafas de vinho estavam pousadas à espera que alguém lhes desse uso. Enquanto bebiam, tocavam "Cheers Darlin’" e faziam do palco a sala de estar das suas casas.

O fim do concerto foi, como não podia deixar de ser, ao som de "The Blower's Daughter" e Damien encantou pela última vez a Sala Suggia com a promessa e o desejo de um dia voltar.

Fotos: António Teixeira
Texto: Henrique Caria