António Zambujo e João Gil ao vivo no EDP Cool Jazz [fotos + texto]


António Zambujo e João Gil ao vivo no EDP Cool Jazz [fotos + texto]

Cartaz 100% luso na segunda noite de EDP Cool Jazz. António Zambujo e João Gil levaram a música nacional ao Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras.

João Gil dispensa apresentações e foi o responsável por abrir a segunda noite do EDP Cool Jazz 2015 com o seu novo projeto Non-Infinito. Nesta sua nova fase o cantor luso reinventa grandes temas dos vários grupos a que pertenceu: Trovante, Ala dos Namorados, Cabeças no Ar e Filarmónica do Gil.

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Poucos minutos a hora prevista, o guitarrista, compositor e cantor entra em cena, de forma descontraída sendo bem recebido pela composta plateia. Neste projeto os vocais de alguns temas são partilhados com alguns cantores de várias gerações e João Gil escolheu começar pelo mais novo; Filipe Pinto. Com os acordes iniciais dos "Loucos de Lisboa" despertaram as cordas vocais do público e até se soltaram alguns passos de dança.

Para substituir Filipe Pinto é chamada "a voz de Cabo Verde"; Nancy Vieira que com o seu "Coração no Mar" conseguiu despertar os mais adormecidos, recebendo um caloroso aplauso. O último convidado era o menos esperado e ajudou a abrilhantar ainda mais o espetáculo; Camané. A cargo desta última dupla ficaram "Postal dos Correios" e "Perdidamente" e foi aposta mais que ganha.

Com um abraço coletivo todos os músicos subiram a palco despedindo-se com "Saudade".

António Zambujo era a estrela que prometia fazer os Jardins do Marquês de Pombal brilharem ainda mais, numa autêntica noite de Verão.

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De forma rápida o músico entra em cena e atravessa Bernardo Couto na guitarra portuguesa, João Moreira no trompete, José Miguel Conde nos clarinetes e Ricardo Cruz no contrabaixo (também responsável pela direção musical), dirigindo-se para o seu trono, de guitarra em punho.

"Boa noite. Está uma noite bonita. Tivemos um concerto do João Gil bonito. Espero que gostem também do nosso!"; foram as palavras que o alentejano utilizou para agradecer o caloroso aplauso do público. "Fatalidade" é o tema que dá inicio ao sexto e último trabalho do músico e foi também o arranque do concerto. De seguida Zambujo faz uma viagem ao seu Quinto para nos contar a história da sua "Casa Fechada". O público estava embalado; olhos postos no alentejano, ouvidos atentos a cada acorde da guitarra portuguesa que se fundia com a voz do cantor da mais harmoniosa forma.

Com o seu sentido de humor natural divertiu o público inúmeras vezes, equilibrando o tom das palavras que cantava quer com temas mais malandros, quer com temas mais sentidos, percorrendo assim os seus vários trabalhos, dando um ênfase evidente ao mais recente. Não ficaram de fora algumas versões de outros grandes artistas: "Foi Deus" de Amália Rodrigues (acompanhado apenas pelo baixo) e  "Apelo" de Vinicius de Morais, protagonizando um dos melhores momentos até então. O seguinte estava guardado para a reta final com "Flagrante" e "Pica do Sete", dois dos seus temas mais aclamados onde a plateia acompanhou cada palavra.

O "Zorro" foi o tema escolhido para encerrar o espetáculo e João Gil (autor da letra) regressou ao palco para o partilhar com António Zambujo.

Duas grandes estrelas iluminaram a segunda noite do EDP Cool Jazz; "uma bela noite de música portuguesa" como rematou João Gil.

Fotos: Carlos Carvalho
Texto: Bruno Silva