A história de Danny Brown não o define. O NOS Primavera Sound que o diga


A história de Danny Brown não o define. O NOS Primavera Sound que o diga.

Danny Brown apresentou-se ontem no palco maior do NOS Primavera Sound e mostrou que a sua conturbada história de vida serviu para o tornar um rapper experiente que tem muito para dizer. Um artista que pode não agradar a gregos e troianos mas que, pelo menos, não foi só "barulho" neste festival.

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="94480350@N05" sid="72157708972168183" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="800" num="11" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

Este homem de 38 anos que vemos à nossa frente, nascido e criado pelas ruas de Detroit (EUA) começou a sua vida adulta como traficante de droga. Chegou ao rap já quase nos seus "trinta" apesar de ter sido, desde criança, a sua vontade seguir uma carreira neste estilo musical. Chegou à música com cadastro criminal, até aqui nada de invulgar comparando com os colegas de profissão, e tem vindo a escrever umas coisas interessantes desde então.

Neste recinto, Danny Brown mostrou-se um rapper experiente que vai um bocadinho além dos habituais versos sobre miúdas giras, sexo e álcool. Um artista que percebemos ter um público considerável no festival, aqueles autores do "moches" na frente do recinto, mas que pareceu entreter os menos efusivos que mantiveram uma maior distância do palco. O rap não é apreciado por todo este público Primaveril mas, pelo menos, um gingar de anca, este rapper norte-americano conseguiu arrancar da plateia.

Equipa Noite e Música Magazine no NOS Primavera Sound
Fotografia: Júlia Oliveira
Textos e Social Feed: Daniela Fonseca
Edição: Nelson Tiago