Future no Super Bock Super Rock: o Futuro ainda não chegou!


Future no Super Bock Super Rock: o Futuro ainda não chegou!

De Atlanta, berço de tantos nomes relevantes da cultura hip-hop, chega Nayvadius DeMun Wilburn, ou melhor, Future. Muitos ficaram na mesma quando foi anunciado o cabeça de cartaz do, já tradicional dia do hip-hop, no Super Bock Super Rock deste ano.

Future não é Kendrick Lamar que, para além de reunir várias tribos do hip-hop, chega ainda a muitas franjas da onda hipster que varre os festivais atuais.

O rapper de Atlanta que representar exatamente o futuro que o nome anuncia e, esse futuro chega-nos com auto-tune. Muita da sua interpretação utiliza este gadget para transformar a sua voz, juntamente com murmúrios, muitas vezes ininteligíveis. Tudo isto vem acompanhado, não por uma banda, mas por muito fogo-de-artifício: seja nos ecrãs representando telemóveis (não é assim que muitos vêm hoje em dia os concertos ao vivo?), seja nos três bailarinos com enorme carga dramática e impacto visual.

Já com 6 álbuns e 5 mixtapes em apenas 5 anos, Future muitas vezes nem se preocupa em terminar os temas, sejam eles hits como "Draco", "Karate Chop" ou "Fuckin Up Some Commas" ou apenas murmúrios desgarrados. O público, composto por muitos teenagers, e que pouco terá passado da meia sala, não se importou com isso e lá foi pulando até ao final com o hit do momento, "Mask Off".

Pela nossa parte, só podemos dizer que, se o Futuro é este, ele é negro! (sem qualquer intenção de trocadilho)

A banda não autorizou a captação de imagens à equipa da Noite e Música Magazine, lamentamos o sucedido.

Equipa Noite e Música Magazine no Super Bock Super Rock
Fotografia: Rui Jorge Oliveira
Textos: Miguel Lopes
Social Feed: Maria Roldão
Edição: Nelson Tiago