Savages no NOS Alive: o Palco Heineken ficou de joelhos bem cedo


Savages no NOS Alive: o Palco Heineken ficou de joelhos bem cedo

A banda londrina, já habitual por cá nos últimos anos, cedo começou a aquecer o Palco Heineken. Fay Milton (bateria), Ayse Hassan (baixo), Gemma Thompson (guitarra e única que não estava completamente de negro) e a vocalista francesa Jehnny Beth (ou Camille Berthomier de seu nome verdadeiro) cedo mostraram ao que vinham. Post-punk pesado, entrecortado com noise rock emocional e com litros de suor, é o que oferecem em cada concerto.

O início com "I Am Here" remete para uns Bauhaus góticos do início dos anos 80, para logo a seguir a força do baixo se fazer sentir em "Sad Person". A alternância quase simétrica entre os dois álbuns (Silence Yourself de 2013 e o mais recente Adore Life de 2016) vai acontecendo. Em "Husbands" acontece a primeira e tímida (?) descida de Jehnny ao público.

"The Answer", teve o videoclip gravado em Lisboa e o público parece saber disso ao corresponder com o headbang intenso. Beth vai controlando o público a seu belo prazer. À voz sedutora, misto de Siouxsie e Patti Smith, juntam-se os movimentos animalescos, os lábios e sapatos agulha vermelhos provocantes e contrastam com o negro da vestimenta e da música.

Em "Hit Me" já a vocalista dançava, ondulava e ajoelhava-se por cima da multidão atiçando ainda mais todos os que enchiam o Palco Heineken.

Até fim, "T.I.W.Y.G", "Adore" e o single habitual "Fuckers" fizeram que ninguém quisesse ver o concerto acabar. Mais uma vez, foi uma prestação arrasadora das Savages a fazer-nos a todos salivar por um regresso.

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Equipa Noite e Música Magazine no NOS Alive
Fotografia: António Teixeira
Textos e Social Feed: Miguel Lopes e Daniela Fonseca
Edição: Nelson Tiago