Imagine Dragons no Estádio da Luz: Os altos voos dos dragões radioativos

O Estádio da Luz encheu-se mais uma vez para um concerto apoteótico dos Imagine Dragons. A banda americana deu um dos concertos mais intensos do ano.

Antes disso, o cantautor inglês Declan McKenna aqueceu as massas para o que todos esperavam com ansiedade. Pouco depois das nove da noite, Dan Reynolds e os restantes membros da banda subiram ao palco da Luz para uma "jogatana daquelas", sem bola, mas com um espetáculo visual e cénico de se lhe tirar o chapéu.

"Fire in These Hills" foi o início de um set de quase duas horas, que intercalou momentos de introspeção e partilhas sobre depressão e saúde mental (tema muito pessoal do vocalista Dan Reynolds). "Thunder" trouxe as explosões da pirotecnia neste primeiro grande hit da banda, logo acompanhado pela plateia de mais de 60 mil pessoas.

Em ritmo acelerado, "Bones" e "Take Me To The Beach" apareceram por entre solos de guitarras e bolas insufláveis gigantes. E foi antes de "Whatever It Takes" que o vocalista da banda de Las Vegas decidiu falar sobre a sua luta pela saúde mental, deixando conselhos a todos sobre a terapia.

Seguiu-se um bloco acústico, em que algumas canções habitualmente tocadas de maneira mais elétrica, foram aqui remisturadas. "Next To Me" e "I Bet My Life" foram reinterpretadas de maneira mais suave.

Para a segunda parte do concerto ficaram os grandes hits da banda: "Bad Liar" a começar este bloco e "Radioactive" com momento acapella e a subida de Reynolds para a bateria. Ainda a provar os seus outros talentos, o vocalista tocou piano em "Demons" para depois terminar com o inevitável "Believer".

Este concerto foi como um momento de confirmação de uma banda que poucos achavam chegar a encher estádios, mas que se afirma como um dos headliners do presente atual da música pop.

Texto: Miguel Lopes
Fotografia: João Pedro Padinha