The xx no NOS Alive: o minimalismo para estádios


The xx no NOS Alive: o minimalismo para estádios

Bem se pode dizer que, os meninos cresceram! Sete anos depois da sua estreia em Portugal (neste mesmo Alive, com um palco Heineken a rebentar pelas costuras), o trio londrino mostrou que deixou o minimalismo sombrio para trás e que consegue levar a sua música a grandes palcos.

Com um início muito forte e mais orgânico, com Jamie xx a trocar as máquinas pelas baquetas da percussão e a dar mais poder a "Intro" e "Crystalised". O regresso aos samples, e aos quilos de maquinaria que tinha à frente, deu-se com "Say Something Loving".

Depois das primeiras juras de amor à cidade de Lisboa (onde até já produziram um festival: Night + Day, em 2013), recomeçou o pingue-pongue entre o primeiro álbum xx, de 2009, e o mais recente "I See You". Do primeiro, e para além das já referidas, ouvimos uma mais ritmada "Shelter", uma escaldante "Infinity" que parecia retirada do "Wild at Heart" de David Lynch, "Islands" e "VCR".

O último álbum foi tocado quase na integra, e alternou entre momentos mais onde Jamie se entrega mais à sua martelada mais indicada às pistas de discoteca (felizmente foram poucos os momentos!), como por exemplo em "A Violent Noise" ou "Dangerous", e outros onde são as vozes os riffs mais simples que dominam: como "Performance" ou "Brave for You" onde Romy Madley Croft se mostra muito mais solta e alegre do que nos concertos de anos anteriores.

Também Oliver Sim, teve destaque. Para além do baixo sempre com forte presença, pôde destacar a sua voz em "Fiction", dedicada "…a um membro da família xx…".

Passando ainda por "Loud Places" do álbum a solo de Jamie xx, houve ainda tempo para lembrar Coexist (2012), com "Shelter" e "Angels" a finalizar (música dedicada à noiva de Romy).

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Equipa Noite e Música Magazine no NOS Alive
Fotografia: António Teixeira
Textos e Social Feed: Miguel Lopes e Daniela Fonseca
Edição: Nelson Tiago