Skunk Anansie @ Coliseu do Porto: fiéis ao presente


Os Skunk Anansie subiram ao palco do Coliseu do Porto com novo álbum e com um novo cenário de palco. Skin, com 45 anos de idade continua em boa forma atlética e a sua voz ainda atinge graves "elásticos".

O concerto inicia-se com "The Skank Heads" do álbum "Post Orgasmic Chill", editado em 1999, um regresso da banda aos anos 90.

Deborah Dyer, mais conhecida por Skin, ainda continua com aquele sorriso simpático durante o concerto, e por mais que o coliseu não estivesse tão composto como noutros tempos, a artista deu  100% de si para cativar quem lá estava. Durante o concerto foram diversas as vezes que a vocalista desceu do palco para cantar junto do público, subir às tribunas ou fazer crowdsurfing, nos muitos momentos de interação com o público.

Os temas do novo álbum "Black Traffic", que é o segundo álbum dos londrinos após se terem voltado a reunir em 2009, juntamente com os hits que fizeram esta banda atingir o auge da popularidade por terras lusas, fizeram a festa durante hora e meia.

"Hedoism", "Charlie Big Potato" e "Secretly" tiveram o seu espaço no alinhamento, sendo os mais aplaudidos e trauteados pelo público do coliseu.

Em "I Can Dream", Skin avança para o meio da plateia e sobe para cima de umas galerias, um dos momentos mais altos da noite, seguindo para a régie onde se deixa cair em cima dos fãs que a levam em crowdsurfing de volta ao palco.

Para o final, ainda nos reservou mais uma vinda ao meio do público com uma câmara ao peito, onde captou os últimos momentos da noite vividos no Coliseu do Porto, para mais tarde serem editados e recordados.

Skin e companhia continuam a ser uma das bandas mais acarinhadas pelo público português, mesmo tendo assumido uma nova sonoridade. Despedem-se do coliseu, prometendo um novo regresso aos palcos portugueses onde deram início à sua tour europeia de 2012.

A abertura do concerto ficou ao cargo dos australianos The Jezabels, que se apresentaram pela primeira vez em Portugal, tiveram as honras de abrir a noite. Na bagagem, o seu único álbum, "Prisioner", e entregaram-no com nota positiva, ainda que tivessem um coliseu praticamente despido de público.

Fotos: Miguel Oliveira
Texto: Nelson Tiago