David Carreira à Noite e Música Magazine: "Eu escrevo sobre amor porque o amor é universal"


David Carreira à Noite e Música Magazine: "Eu escrevo sobre amor porque o amor é universal"

Pouco mais de um mês depois do lançamento do single "És Só Tu", conversamos com David Carreira sobre este novo trabalho e o sucesso da parceria com Inês Herédia. O artista falou também da importância que dá à escrita sobre o amor e sobre a sua nova tour que vai arrancar com novo formato já em julho.

"És Só Tu" saiu há um mês e já é um tema de sucesso a nível de visualizações. Ao lançares este tema tiveste noção da amplitude que teria ou é sempre imprevisível?

Eu quando lanço uma música tento imaginar sempre o melhor cenário. Esperamos sempre que a música corra da melhor forma possível e que chegue ao máximo de pessoas mas é uma coisa que nunca se tem certeza. Há músicas que correm bem, outras que nem por isso daí ser um risco constante. Se fosse uma ciência exata os cantores faziam sucessos todos os dias e toda a gente fazia música. Na realidade é ir tentando e pensando em como acertar numa música que as pessoas possam gostar.

Este é um tema que fala das fragilidades das relações. Qual foi o conceito à volta desta letra e deste instrumental? O que pretendeste passar a quem ouve esta canção?

Eu quando escrevo uma música tento sempre aproximar-me de uma linguagem que possa ser uma linguagem recorrente no dia-a-dia. Algo que seja comum a todos e histórias que sejam um retrato da realidade. Eu inspiro-me muito naquilo que vejo e naquilo que me acontece e, então, acabo por relatar histórias que são, de certa forma, comuns a toda a gente. Como aquela parte onde eu digo "Há três dias que foste embora/Abro o WhatsApp a toda a hora/Será que não devia?", acho que hoje em dia muita gente faz isto, ir ao telemóvel ver se a outra pessoa já respondeu, e outras coisas assim. Acho que é importante e tento sempre ter esse cuidado de criar canções com as coisas que nos acontecem, inspiro-me na minha vida pessoal para isso. Depois a nível de conceito da música e do videoclipe, há um conceito no álbum que ainda não revelei e que só vou poder revelar mais à frente que vai explicar essa ideia. A única coisa que posso dizer é que há pistas no início do videoclipe que mais tarde vão perceber o porquê de la estarem! Mas agora não posso dizer. (risos).

Em relação a essa questão dos temas que escolhes quando escreves, grande parte das tuas canções falam sobre amor e relações. Porquê este ênfase nos temas que dizem respeito ao amor?

Eu escrevo sobre amor porque o amor é universal. A meu ver, tens várias formas diferentes de amar. Há um amar mais de respeito, um amar mais safado, um amar de amizade e aqueles amores repentinos que duram há uma semana mas que parecem durar há bem mais tempo. É por esta versatilidade que eu gosto de escrever sobre amor. Dá para falar de tantas formas diferentes: nostálgica, apaixonada, amorosa e até a mais brincalhona, portanto é algo que eu olho e faz sentido para mim.

Sentes que esta parceria com a Inês Herédia trouxe um toque diferente à canção?

Sem dúvida! Ela tem uma voz muito específica e muito doce. Eu já tinha a música feita e falei com a Inês porque achei que a identidade dela a cantar iria acrescentar muito à canção. Quis trazer esse lado mais romântico de um casal que está naquela dúvida de voltar ou não porque querem estar juntos mas já correu mal antes. São coisas que acontecem à maior parte das pessoas! Senti que a voz dela apoiou mais essa mensagem.

Para terminar, este verão vais trazer a Portugal uma nova tour. Depois da "3 World Tour" que foi muito bem recebida pelo público, quais vão ser as maiores novidades deste ano e desta #20:18TOUR?

Este ano vamos apostar ainda mais na dança! Eu cada vez mais sinto essa necessidade de incluir a dança ao longo de todo o concerto. Mais bailarinas que bailarinos, confesso, para dar um toque mais sensual ao concerto. Vamos incluir as novas músicas que ainda não cantei como a "És Só Tu" e vamos ter uma nova decoração em palco. Um palco diferente com muitas interações em vídeo e com muitos elementos que pretendem criar mais impacto no espetáculo! Vai haver um grande concerto que vai marcar o arranque da tour, que vai ser no Festival Comida do Continente no Porto em julho. Já tínhamos feito uma apresentação na semana académica de Leiria mas agora em julho vai ser mesmo a apresentação com todos os elementos incluídos.

Entrevista: Daniela Fonseca