Scott Bradlee's Postmodern Jukebox no Coliseu do Porto: A Magia do Live Show em estado puro


Scott Bradlee's Postmodern Jukebox no Coliseu do Porto: A Magia do Live Show em estado puro

A Postmodern Jukebox de Scott Bradlee esteve ontem no Coliseu do Porto para a primeira de duas noites em território luso. A banda inundou o Coliseu com a sua energia contagiante e trouxe até ao público portuense alguns hits com o toque de jazz que os distingue. Uma noite frenética que mostrou o talento deste projeto criado há pouco mais de cinco anos numa garagem em Nova Iorque.

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O projeto fundado por Scott Bradlee transporta canções modernas e clássicos da música para um plano vintage onde o jazz é quem mais ordena. O músico criou os Postmodern Jukebox para que se pudesse fazer música sem qualquer tipo de efeito mostrando assim o talento de cada um dos elementos em palco.

Os concertos ao vivo são uma experiência única e a melhor forma de mostrar ao público a energia que define uma banda. Os Postmodern Jukebox que o digam. Sem Scott Bradlee presente nesta noite, a banda tomou o Coliseu de assalto e, durante quase duas horas, mostrou o seu talento e capacidade de entreter uma plateia.

Guiados pela presença de Michael Cunio, que foi apresentando os vários momentos do espetáculo de uma forma entusiasta, os Postmodern Jukebox (PMJ) criaram uma atmosfera única que levou o público por uma viagem aos anos 70 com todo o jazz e soul que os define.

O icónico "Thriller", de Michael Jackson, foi o primeiro a fazer-se ouvir pela voz de Cunio e fez-se acompanhar pela performance de sapateado do bailarino Lee. Seguiu-se "You Give Love A Bad Name" (Bon Jovi) na voz de Emma, "Single Ladies" (Beyocé) na voz de Dani e "Ex's & Oh's" (Elle King) pela voz de Gatti.

A banda PMJ estava composta por Sharik Hasan no piano, Mike Chrisnall na guitarra elétrica, Adam Kubota no contrabaixo, Martin Diller na bateria, Lemar Guillary no trompete e Chloe Feoranzo no saxofone e clarinete. Um conjunto de músicos que se mostrou divertido dançando e brincando ao longo de todo o espetáculo.

O alinhamento seguiu com "Are You Gonna Be My Girl" onde Cunio mostrou a sua capacidade vocal atingindo notas que tinham em si o rock apaixonado dos anos 80. Neste tema, lançado em 2003 pelos Jet, houve ainda tempo para um solo de saxofone de Chloe. A artista revelou-se muito expressiva nas suas participações e, em outro momento do concerto, mostrou também ela ter jazz na voz com o tema "No Surprises" dos Radiohead.

Durante o espetáculo ouviram-se temas como "Toxic" de Britney Spears, "This Love" dos Maroon 5, "I Will Survive" de Gloria Gaynor e até o recente "Look What You Made Me Do" de Taylor Swift.

Seria expectável compreender alguns momentos chave de mais euforia pela parte do público mas a verdade é que o concerto foi todo ele um momento alto. Não houve um tema que o público não cantasse e dançasse.

Já na reta final, Emma trouxe "Creep" dos Radiohead mas a saída de palco foi feita ao som de "Tomorrow" com todo o elenco PMJ presente. O encore ficou a cargo de Dani com uma performance, aplaudida em pé, do tema "Chandelier" de SIA. A despedida dos PMJ foi em festa com "Shake It Off" e com o Coliseu inteiro em pé a dançar.

Uma noite certamente inesquecível para quem passou pelo Coliseu e presenciou a essência deste projeto que traz a música no seu estado natural e mostra a beleza irreverente do jazz. Os Postmodern Jukebox de Scott Bradlee partem agora para o Coliseu dos Recreios em Lisboa.

Fotos: Júlia Oliveira
Texto: Daniela Fonseca