Ozzy Osbourne ao vivo na Altice Arena: de vampiro do Rock a velhinho simpático


Ozzy Osbourne ao vivo na Altice Arena: de vampiro do Rock a velhinho simpático

Segundo dia seguido de concertos na Altice Arena e início de uma semana dedicada ao rock mais old school. Ao concerto de Ozzy Osbourne, com os Judas Priest, seguem-se os Kiss com Megadeth, os Scorpions e os Iron Maiden.

Na primeira parte, os também quase cinquentenários britânicos Judas Priest, percursores do heavy metal moderno, aqueceram a plateia para o prato principal da noite. Para além dos seus clássicos, a banda veio apresentar músicas do seu novo álbum Lightning Strike.

Já depois das 22 horas e para uma plateia ainda mais despida do que na noite anterior (com apenas meia arena composta), o antigo vampiro do rock e agora velhinho simpático, curvado e sorridente, entrou a todo o gás com "Bark to the Moon" e o clássico intemporal "Mr. Crowley" do seu álbum de estreia Blizzard Of Oz.

Acompanhado pelo gigante virtuoso Zakk Wylde na guitarra, Blasko no baixo, Tommy Clufetos na bateria e Adam Wakeman nos teclados, Ozzy ia puxando pela plateia enlouquecida. Nesta "No More Tours 2", a despedida das grandes tours mundiais de 2 anos, Ozzy Osbourne optou por apostar nos seus clássicos dos primeiros álbuns e em músicas da sua primeira banda, os míticos Black Sabbath. Destes ouvimos "Fairies Wear Boots", "War Pigs" e a terminar o encore "Paranoid".

Por entre baldes de água despejados pela cabeça (e para cima da primeira fila de fãs), Ozzy apresentou ainda "Suicide Solution", "No More Tears" e "Road to Nowere" antes de desaparecer (para respirar um pouco?), e deixar o palco para os solos de Zakk Wylde (longuíssimo solo com direito a tocar por trás das costas e com os dentes!) e depois de Tommy Clufetos na bateria.

No regresso ainda tivemos "I Don't Want to Change the World", "Shot In The Dark" e "Crazy Train" para nos levar ao encore. Antes do já citado "Paranoid", a mítica balada "Mama, I'm Coming Home" embalou-nos para o final.

O concerto de ontem à noite, mostrou-nos tudo o que queríamos ver: um espetáculo muito competente (com ecrã em forma de cruz, vídeos antigos, lasers e paredes de amplificadores), músicos virtuosos e um Ozzy ainda a dar cartas!

Texto: Miguel Lopes