Florence + The Machine ao vivo na MEO Arena [fotogaleria + texto]


Florence + The Machine ao vivo na MEO Arena [fotogaleria + texto]

Florence Welch de alma e coração em Lisboa. Regresso triunfal da britânica á MEO Arena.

Foi com o álbum de estreia em 2009, Lungs, que Florence Welch se tornou num dos mais aclamados nomes da atualidade pop. Seguiu-se Ceremonials em 2011, e sete anos após a estreia do primeiro álbum, Florence and The Machine está de regresso com as canções do mais recente álbum How Big, How Blue, How Beautiful, o seu terceiro álbum muitíssimo aclamado pela crítica e pelo publico.

Com algumas passagens pelos álbuns anteriores, Florence and The Machine regressou ontem segunda-feira dia 18 de abril à MEO Arena, em nome próprio, na mesma sala onde atuou no verão passado como cabeça de cartaz no festival Super Bock Super Rock.

[alpine-phototile-for-flickr src="set" uid="60380835@N08" sid="72157667258046986" imgl="fancybox" style="floor" row="5" size="640" num="20" highlight="1" curve="1" align="center" max="100" nocredit="1"]

Dez minutos de atraso pareceu demasiado tempo para quem esperava ansioso para ver finalmente uma série de músicos e coristas invadirem o palco demonstrando que "The Machine" continua super bem oleada (desculpem mas tinha de fazer a gracinha!). Florence Welch iniciou o espetáculo entrando de seguida descalça e a correr pelo palco como é seu habito enquanto encantava com "What the Water Gave Me".

Entre a euforia de que a fez descer ao fosso para manter a proximidade com o público, as danças psicadélicas (qual diabo possuído!) que até um murro conseguiu dar a ela própria (!), Florence cantou "Shake it Out", que continua a ser uma das prediletas do público, mas mostrou também um lado mais dramático e uma enorme delicadeza com o seu vestido transparente, com "Delilah" ou a versão de "Sweet Nothing", música eletrónica que ofereceu a Calvin Harris mas desta uma versão mais calma (quase acústica) acompanhada pela harpa e por uma guitarra elétrica.

Num momento de partilha Florance comenta (e com razão) que "O mundo precisa de amor" introduzindo assim à acapella "You’ve Got the Love", enquanto surgem pelo meio do público umas centenas de corações (balões).

Para encerrar o concerto (antes do encore!) ouviu-se um tema do primeiro disco que ainda hoje é dos mais fortes e aguardados nos espetáculos, ou pelo menos pelos meus "vizinhos" que pediram esta música a noite toda! "Dog Days Are Over", acabou em euforia com Florance a pedir ao publico: "abracem-se, beijem-se, tirem uma peça de roupa e dancem".

Foi no escuro que o público esperou pelo regresso a palco de Florence and the Machine, e "What Kind of Man" e "Drumming Song" foram as músicas escolhidas para o diminuto encore que deixou o publico de água na boca. Com a bandeira portuguesa às costas, Florence reúne-se aos músicos para uma vénia final saindo todos em êxtase do palco. O publico português sabe receber, entregar-se por completo, oferecer o seu coração e Florence sentiu isso referindo isso mesmo – "Obrigado por me darem os vossos corações. Podem ficar com o meu".

Apesar de triunfal o final foi meio abrupto e por isso mesmo muitos foram os que ficaram a cantar os refrões, enquanto outros brincavam com os corações (balões) ou ainda os que ficaram a tirar fotografias as desmontagens do local na esperança de conseguir alguma lembrança, ou até mesmo ver "alguém" passar. Foi muito bom mas soube a pouco…

Alinhamento
What the Water Gave Me
Ship to Wreck
Rabbit Heart (Raise It Up)
Shake It Out
Delilah
Sweet Nothing
How Big, How Blue, How Beautiful
Cosmic Love
Long & Lost
Mother
Queen of Peace
Spectrum
You Got The Love
Dog Days Are Over
Encore
What Kind of Man
Drumming Song

Fotos: João Paulo Wadhoomall
Texto: Anaïs Vachier