Apocalyptica ao vivo no Coliseu de Lisboa [fotos + texto]


Apocalyptica ao vivo no Coliseu de Lisboa [fotos + texto]

Cabelos compridos, homens e mulheres, dos mais novos aos mais velhos e uma cor predominante: preto. "A Portuguesa" fez parte do reportório da banda finlandesa num concerto único.

O Coliseu dos Recreios encheu-se de "metaleiros" que esperavam a banda finlandesa desde cedo. Às 20h da noite as portas abriram para receber os fãs que se juntavam o mais perto possível do palco.

O espetáculo só se iniciaria exatamente uma hora depois com uma banda de rock australiana, os Tracer. À hora marcada as luzes apagaram-se numa total escuridão. Tracer entraram a todo o gás, com uma energia e atitude inconfundíveis.

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As cabeças abanavam ao ritmo da bateria e da voz rouca dos vocalistas numa sincronia perfeita. Vestidos num preto total a banda não passou despercebida. A interação entre os artistas e o público foi o elemento chave na dinâmica deste espetáculo. Aplausos e os artistas a puxar pelo público, o chão tremia ao ritmo da banda de rock australiana.

O ritmo do espetáculo foi tão alucinante que cada um dos 3 membros da banda tinha uma toalha branca onde ia secando o suor.  "Hey, hey, hey", gritava o público a pedido de um dos vocalistas.

No final da primeira parte do concerto, os Tracer despediram-se atirando as baquetas para o público.

Minutos depois os cartazes começaram a ser exibidos para os Apocalyptica. 22 horas da noite, tudo negro, luzes apagadas, som de fundo, suspense… Assobios de entusiasmo e aplausos, muitos aplausos para receber a banda finlandesa.

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Os violoncelos começaram o seu som em harmonia e arranca a bateria com a força toda. A banda que conta já com 21 anos chegou. Os 3 violoncelos, uma bateria e um começo instrumental de arrasar deram início ao espetáculo.

"Are you ready?" – Esta foi a pergunta de arranque que soltou o som e deixou os fãs em êxtase.  Palmas, cartazes e cabeças a abanar. O som clássico e forte dos violoncelos e o som ritmado e de percussão da bateria numa união perfeita. Roupa preta, olhos maquilhados e cabelos compridos, assim se apresentaram em palco com uma imagem que lhes é caraterística.

A parte vocal, profunda e rouca, permitiu ao público acompanhar as letras de músicas como "I’m not Jesus", "Shadowmaker" ou até "I don’t care". Os efeitos de luz foram tão vibrantes quanto o ritmo dos Apocalyptica, quase psicadélicos.

Mas também houve momentos calmos. Um dos elementos até dançou ao som dos violoncelos em tom de brincadeira, no entanto, não por muito tempo. A bateria arrancou logo com a força toda. O público entre saltos e cabelos que voavam ao som da música, fazia o chão do Coliseu de Lisboa vibrar.

O ponto alto da noite foi certamente quando tocaram nos seus "cellos" o instrumental do nosso hino "A portuguesa" e foi cantado com todo o orgulho e de pé para a banda que tocava admirando o que estava a acontecer.

Os Apocalyptica foram além das expetativas dos muitos fãs que se juntaram no Coliseu, numa noite chuvosa, para os ouvir. A banda quis agradecer em português com um grande "Obrigado". Despediram-se assim de Portugal e rumaram a Paris. A digressão só irá acabar em 2016.

Fotos: João Paulo Wadhoomall
Texto: Marta Costa