Cavaliers of Fun em entrevista: "Atualmente somos uma banda em atividade em Terra, Gyui e Dyers"


Cavaliers of Fun em Entrevista: "Atualmente somos uma banda em atividade em Terra, Gyui e Dyers"

Cavaliers of Fun são a banda vencedora da 2ª edição do EDP Live Bands. Dois meses depois do lançamento de Astral Divison, pudemos conversar com eles sobre o seu percurso. O resultado é no mínimo invulgar. Ou "Cósmico".

Noite e Música: Antes de mais, como é que vocês se apresentam para quem ainda não vos conhece? Quem são os Cavaliers of Fun?
Cavaliers of Fun: Atualmente somos uma banda em atividade em Terra, Gyui e Dyers. Temos alguns fãs espalhados no Cosmos mas, somos gigantes, em 3 buracos negros e 2 planetas limítrofes da constelação de Rew. Em Rew temos imensas fãs que nos atiram comida enquanto tocamos. É uma experiência muito gratificante.

NM: De onde surgiu o nome artístico ‘Cavaliers of Fun’?
CF: A alternativa seria One Giant Leap into the Unicorn Planet Trio Ensemble Number 88. Pareceu-nos que Cavaliers of Fun poderia ser mais incisivo.

NM: Vocês venceram a 2ª edição do EDP Live Bands de 2015, em que medida é que esta vitória interveio no vosso percurso?
CF: Costumo dizer que, não fosse essa vitória e hoje, provavelmente seriamos apanhadores de lixo cósmico. É uma profissão muito dura e acabaria por nos lançar para um universo negro com muita inveja e intriga. Não seria positivo para nós nem para os nossos familiares.

NM: Existem os Cavaliers of Fun antes e depois do EDP Live Bands? Interferiu na vossa identidade?
CF: O EDP Live Bands libertou-nos de uma vida de escravidão de lixo cósmico. Portanto sim há um antes. Um antes de incerteza e um depois de confirmação que o lixo cósmico seria apanhado pelos nossos primos. Sempre foram chatos para nós por isso merecem esse destino que tiveram.

NM: A vossa viagem não começou em 2015 nem no EDP Live Bands, vocês juntam-se em 2009. Como é que este projeto surgiu? Como é que se encontraram musicalmente?
CF: É uma história comovente. Fim de 2009 e eu guiava um transporte de cabritos cósmicos que eram usados para fins que, felizmente, acabaram com a petição "Cabritos Mágicos 2009 – O Fim da Cabritagem Cósmica". O Miguel tocava num bar de Magia Negra ali para os lados da Bobadela. Poderia dizer que foi um encontro ao acaso, mas a verdade é que foi na Carreira, no 316 da Carris que aconteceu e no 316 nada é ao acaso.. É sabido que o 316 é um portal para um universo mágico de unicórnios bandidos.

NM: Houve algum momento chave que vos fez arriscar tudo neste projeto? Algum momento em que dissessem "vamos a isto!"?
CF: Exactamente há 5 minutos. Tomámos um ácido à bocado e dissemos um ao outro "vamos a isso". Curioso como vocês fizeram uma previsão tão certa de tudo isto.

NM: Na vossa descrição dizem que não são desta galáxia nem deste tempo, os Cavaliers of Fun não se enquadram em padrões?
CF: Depois desta entrevista penso que a resposta está dada. Há padrões, há questões e há noções e ainda arroz de cabidela. Não gostamos de nenhuma destas coisas.

NM: Cantar em Português não faz sentido para vocês?
CF: Faz. Adorávamos mas, infelizmente, não dominamos a língua. Foi nos colocado um chip que não nos permite cantar em português. Esta entrevista foi traduzida no Google translator, como devem ter já verificado.

NM: Vocês estrearam-se no festival NOS Alive no palco secundário, como é que foi pisar um palco tão "grande"?
CF: Intenso. Assustador. Brilhante. Legal. Encontrámos algum sentido à nossa vida. Sentimo-nos imediatamente numa posição cósmica extremamente favorável. O NOS Alive é conhecido no universo como o encontro intergaláctico de tradutores da língua Saqi. É um orgulho ter estado num evento de tradutores tão distintos.

NM: Depois dos EPs chega o vosso primeiro trabalho mais longo fruto do prémio Live Bands. Como é que apresentam e descrevem este Astral Divison?
CF: É curioso que nos questiones acerca disto. Ainda ontem falámos sobre o Astral Division. São duas vezes seguidas e isso preocupa-nos. É necessário que a palavra não se espalhe. É necessário garantir que ninguém coloque o disco a tocar do principio ao fim. As consequências desse ato podem ser gravíssimas. Atenção. Gravíssimas.

NM: Como é que foi o processo criativo e de aprendizagem ao gravar Astral Division?
CF: Aprendemos a lidar com alguns receios derivados da nossa condição de Jakins. Um Jakin não consegue lidar com a pressão. Muitos anos de escravidão à mercê dos senhores de Fres. Em Fres nunca tivemos oportunidades. Criatividade rimava com mortalidade. Ser criativo era assinar uma sentença de morte. Na Terra foi óptimo perceber que ser criativo era não fazer nada durante algum tempo e apresentar esse tempo como meditação criativa. Adoramos Terra.

NM: Para terminar peço-vos que nos convidem para os vossos próximos concertos! Onde é que vamos poder ver "Cavaliers of Fun" neste verão?
CF: Se tudo correr bem estaremos o Verão todo a tocar em tua casa Daniela. Acredita!

Entrevista: Daniela Fonseca